19 de maio de 2024


Artigo Reflexão: “Uma causa que não é perdida”

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Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges

“…e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?” Jonas 4.11

Estamos sentindo na pele, o que muitos cientistas vêm alertando já algum tempo: o aquecimento global, e nesses últimos dias o calor se intensificou muito, a ponto de, realmente, nos incomodar. Reclamamos e praguejamos. Em outras partes do planeta, o que castiga são as baixíssimas temperaturas. Se num lugar o calor aumenta, em outro o frio está cada vez mais gelado. Nem um e nem outro nos agrada.

Percebemos a necessidade cada vez maior dos aparelhos de ar condicionado e de aquecedores; cada vez menos luxo e mais necessidade. Quando nos vemos sem a possibilidade de utilizálos, quase reagimos igualmente ao profeta Jonas pedindo a morte quando, da secura da planta que lhe fazia sombra, agora o sol batia-lhe na cabeça. Hiperbolicamente dizemos “estou derretendo nesse calor”, ou, “estou congelando de frio”. 

Esperamos assim, que Deus tenha compaixão de nós; ou equilibrando o ecossistema de nossa casa comum (Terra), ou nos dando condições financeiras para manter os aparelhos ligados em nossas casas particulares. 

É razoável que olhemos para nós mesmos e para as nossas necessidades, mas também é razoável que olhemos para os outros, para suas necessidades e para as questões comuns. Jonas não estava confortável com os rumos tomados pelos últimos acontecimentos na cidade de Nínive. Queria ele a destruição; não achava justo que Deus fosse misericordioso e tivesse compaixão daquele povo. 

Todas as pessoas, Jonas, os ninivitas, eu e você, necessitamos da misericórdia divina; e o mais difícil para nós é que essa questão não está no campo do merecimento. Nenhum de nós merece a atenção de Deus, mas Ele é clemente e nos oferece tempo para o arrependimento. Ele chamou a mim e a você pra fazer parte da Sua graça porque Ele nos ama e quer o nosso bem.

Agora, Ele espera que nós também tenhamos compaixão e misericórdia dos nossos semelhantes. A graça de Deus não pode ser tratada de forma egoísta e individualista. Ela é universal! Diferentemente de Jonas, devemos alimentar em nossos corações a vontade de que todas as pessoas alcancem a misericórdia divina e façam parte da grande família de Deus. 

Assim como um clima equilibrado, nem muito quente e nem muito frio, serve a toda gente, nossa compaixão, misericórdia e perdão também devem ser oferecidos. Nem precisamos fugir para a barriga de um grande peixe, mas tudo bem, abraçamos essa causa que não está perdida. Depois de fazer a nossa parte, assentemos e vejamos Deus fazer a Dele.

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