Médicos paralisam atendimento nas UBSs de Birigui por atrasos nos pagamentos
Da Redação/Richard Silva
As 11 UBSs (Unidade Básica de Saúde) de Birigui, estão com atendimento parcialmente suspensos. A decisão da paralisação foi tomada após reunião entre os médicos contratados pela Organização Social Mãos Amigas, que cuida da gestão das Unidades de Saúde, que ocorreu na última quinta-feira, 23 de maio.
Conforme apurado pela reportagem, os médicos alegam uma série de irregularidades, como atrasos frequentes no pagamento dos salários; falta de recolhimento do FGTS; desconto em folho do recolhimento previdenciário, sem a prova do pagamento ao INSS; valores distintos pagos aos médicos que exercem a mesma função e carga horária; não pagamento de adicional aos médicos que trabalham em plantões noturnos e recusa em apresentar cópia do contrato de trabalho dos médicos.
Ainda de acordo com o que foi apurado, na sexta-feira (24) o Prefeito Leandro Maffeis, e a secretária adjunta de assuntos jurídicos, Dra. Viviane Mary Sanches Barbosa, participaram de reunião para intermediar o conflito entre Prefeitura, OSS Mãos Amigas e os médicos terceirizados no âmbito das UBSs.
Durante a reunião, o prefeito e a secretária adjunta para negócios jurídicos se comprometeram a apresentar um relatório financeiro com informações sobre os valores repassados à OSS, os valores não pagos aos médicos ou não recolhidos, e a disponibilidade de recursos para solução do problema, ainda que de forma parcial e não imediata.
RESCISÃO
A Organização Social Mãos Amigas era também a responsável pela administração do Pronto-socorro municipal de Birigui, mas o contrato foi rescindido de forma unilateral pela prefeitura no dia 30 de abril desde ano.
MEDIAÇÃO
A Prefeitura Municipal de Birigui solicitou a intermediação do Ministério Público do Trabalho, na solução do conflito com a OSS Mãos Amigas. A prefeitura alega as irregularidades trabalhistas por parte da gestora nos contratos de gestão do Pronto-socorro municipal e das Unidades Básicas de Saúde, o que segundo os médicos seria uma contradição, já que anteriormente o município teria alegado que o contrato estaria sendo executado regularmente.
Entretanto, até o momento o problema não foi resolvido e à população continua sem atendimento médico adequado.