Artigo Reflexão: Profetas e Profetisas de Deus
Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges
“Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar”. Deuteronômio 18.18
Falar dos oráculos de Deus deve ser um privilégio e uma satisfação imensa para que aqueles e aquelas que se tornam emissores. Ao mesmo tempo é de extrema responsabilidade, pois, não se fala das coisas inerentes aos emissores, mas da parte da divindade. Nesse caso, os emissores pertencem aos dois lados da mesma moeda, estão na condição de transmitir, mas também de receber, ou seja, a mensagem é também para eles e para elas.
Se isso é verdade, e é, por que temos tão poucos verdadeiros profetas e profetisas de Deus em nossos dias? A resposta talvez esteja no que entendemos por profecia; há um entendimento muito equivocado no mundo cristão de hoje sobre esse tema. É preciso corrigir urgentemente esse erro porque precisamos na mesma urgência de muitos profetas e profetisas em nossa geração.
Há quem ache que profecia é adivinhação ou revelação do futuro, mas toda a revelação de Deus já nos foi dada; não há o que se revelar mais, agora só precisamos anunciar as revelações já feitas. O futuro pertence a Deus, não nos compete saber o futuro, apenas manter a esperança. Outras pessoas acreditam ou usam o termo profecia para dominar, aprisionar e controlar a vida alheia; até usam o nome bonito de “mentoria”. E por fim, ainda há aqueles e aquelas que se auto intitulam como profetas e profetisas para ganhar dinheiro; cobram altos cachês para, supostamente, revelar aquilo que já foi revelado em Jesus Cristo.
E, a partir das revelações e ensinamentos de Jesus, todos os seus discípulos e todas as suas discípulas são chamados e chamadas para serem profetas e profetisas de Deus; na inspiração e capacitação do Espírito Santo o sacerdócio profético é universal à todos os crentes.
Os profetas e profetisas da atualidade precisam se ocupar com duas tarefas apenas; a primeira é anunciar a vontade de Deus revelada nas Sagradas Escrituras; toda a revelação já foi descortinada para nós, o que é preciso agora é o estudo minucioso e profundo da Bíblia para que se anuncie com fidelidade e equilíbrio.
A segunda tarefa é denunciar com coragem e ousadia os erros do povo, mas acima de tudo, apontar o caminho para a superação desses erros. Não adianta gritar, esbravejar e apontar o dedo, até porque, os próprios profetas e profetisas cometem seus erros, mas com humildade e muito amor pelo povo mostrar e anunciar as possibilidades do concerto e do seguimento a frente.
O maior erro da humanidade é a falta de amor, então, mais amor, por favor.
Lembremo-nos de que é o próprio Deus que levanta pessoas para a vocação profética, e a esses e essas só lhes cabem falar o que Deus ordenou em sua Palavra.