Laboratório clandestino é alvo de buscas e lacrado, em Birigui
Foto: divulgação
Da Redação
Um laboratório clandestino de cosméticos, foi lacrado nesta segunda-feira (15), em Birigui (SP). O laboratório foi alvo de uma operação conjunta entre a Vigilância Sanitária Municipal e a Polícia Civil.
A ação foi coordenada pelo delegado Eduardo Lima de Paula, da Delegacia de Polícia judiciária e teve como base um mandado de busca e apreensão expedido pela 1ª Vara Criminal.
A denúncia que motivou a operação indicava que o laboratório estaria fabricando pomadas fixadoras de cabelo sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que teria causado lesões corporais em consumidores no Rio de Janeiro. O prédio onde está instalado o laboratório está localizado no bairro Jardim Nossa Senhora de Fátima e, já havia sido inspecionado na última terça-feira, quando o proprietário alegou recesso e recusou a entrada.
Os indícios de atividades no prédio, como janelas abertas e carros nas proximidades levaram à busca judicial nesta segunda-feira (15). Ao chegar, os policiais foram confrontados por uma mulher no interior do imóvel, que tentou evitar a abertura do portão. Diante do risco de destruição de provas, o acesso foi forçado.
A mulher afirmou ter tentado entrar em contato antes de abrir o portão e alegou não encontrar a chave, embora estivesse facilmente acessível. No local não foi encontrado produtos prontos, entretanto, o maquinário indicava uso recente, com galões de produtos químicos no quintal.
O responsável pelo laboratório chegou ao local após contato telefônico com a polícia. Apesar de inicialmente resistente, ele foi informado sobre o mandado de busca e as denúncias. O empresário negou recente produção, atribuindo a responsabilidade pelos produtos no Rio de Janeiro a terceiros que teriam usado seus dados cadastrais indevidamente.
Apesar da ausência de produtos fabricados no momento, uma nota fiscal de janeiro deste ano foi encontrada durante as buscas. O empresário não soube fornecer informações sobre essa transação. Apesar de não haver evidências de crime iminente, um boletim de ocorrência foi registrado para posterior análise judicial, mantendo o caso em investigação. O local permaneceu lacrado pela Vigilância Sanitária.