Trabalho social é a marca de Regininha, a primeira mulher trans eleita vereadora em Araçatuba
Regininha mostra á reportagem seu acervo de fotos de crianças com problemas de saúde que já ajudou
Por Carlos Alberto Tilim
Eleita pelo Avante com 861 votos, Regina Lourenço, 43 anos, a Regininha, entra pela primeira vez na Câmara dos Vereadores prometendo aumentar seu trabalho social e ser uma vereadora de rua, indo até a periferia da cidade para ver de perto os problemas da população em geral.
“Quero ser aquela vereadora que vai até os bairros da periferia, conversar com a população e ver os problemas de perto”, disse.
“Não quero ser aquele vereador de gabinete que fica trancado em uma sala e sem saber realmente os problemas de Araçatuba.
Regininha faz um trabalho social de ajuda à famílias carentes há muitos anos. “Nasci com esse comprometimento de ajudar os mais necessitados e quero agora como vereadora aumentar ainda mais esse apoio aos que precisam”, disse.
Ela lembra que foi eleita porque o pessoal reconheceu o trabalho social que ela faz. “Temos compromisso com as famílias de crianças carentes, mas quero ajudar em todos os setores, pois meu partido agora se chama Araçatuba”, afirma ela que foi candidata pela terceira vez.
Regininha diz que por ser transgênero está preparada para um possível preconceito dentro da Câmara. “Preconceito existe em todo lugar e acho que lá dentro não será diferente, mas quero tentar provar a todos que os gêneros são iguais e que podemos juntos fazer um mundo melhor”, analisa.
INDEPENDENTE
A nova vereadora da cidade não quer nem pensar em ser presidente da Câmara, pois ela achas que isso pode comprometer sua posição partidária. “Não quero ser nem da situação e nem da oposicão e sim quero votar bons projetos e ajudar o prefeito e a vice a governar Araçatuba e fazer dela sempre uma boa cidade”, comenta.
SAÚDE
Na saúde, Regininha quer tentar diminuir os problemas que o povo tem com transporte em busca de remédios. “Acho um absurdo às vezes alguém que vai no Pronto Socorro buscar um remédio e mandam ele em outro posto mais longe. “Acho uma judiação alguém que não tem um carro ou moto e para ser atendido ter que ficar pegando várias vezes o coletivo e, isso tem que acabar”, completa ela.
Regininha nasceu em Araçatuba e já foi bancária. Sua opção sexual vem desde criança e em 2008 conseguiu a transformação de homem para mulher. Seu nome era Adriano Lourenço.