Vendedor de pipoca faz apelo inusitado “só quero o respeito das pessoas”

Railson, nos semáforos da Pompeu x Duque de Caxias

Da Redação/Richard Silva

O vendedor de pipocas Railson dos Santos Nobre, 35 anos, procurou nossa equipe de reportagem para fazer um pedido inusitado. Railson, que mora em Birigui (SP), mas vende pipocas nos semáforos de Araçatuba(SP), pede apenas mais respeito por parte dos motoristas que passam diariamente pelos semáforos que ele trabalha. Um pedido inusitado, afinal, muitas pessoas entram em contato com pedidos de doações, emprego, medicamentos, entre outras coisas. 

“As pessoas nos humilham muito, pensam que nós estamos ali brincando. Eu pago aluguel, água, luz, alimentação, se eu não conseguir vender pipoca não tenho esse recurso, vou morar na rua, vou virar mendigo. Só quero que as pessoas pelo menos respeitem o nosso trabalho”, diz o vendedor. 

“Muita gente suspende o vidro, não olha na nossa cara, sabendo que todos nós somos filhos de Deus, não estou ali porque eu quero, mas porque eu preciso. Não tenho vergonha de vender pipoca, não é vergonhoso, é trabalho como outro qualquer, por isso só peço o respeito das pessoas”, desabafa Railson.

O vendedor que é natural de São Sebastião do Passe, na Bahia, mora em Birigui há 2 anos e, está desempregado há 7 meses. Desde então, sobrevive através das vendas de pipoca. Ele inicia as vendas as 08 horas e termina o expediente por volta das 17:30. Railson está a procura de um emprego fixo, mas enquanto não consegue, vai se virando com as vendas de pipoca. 

Segundo o vendedor, ele mora sozinho e, não tem parentes na região. Disse ainda não receber qualquer tipo de benefício do governo. 

Qualquer oferta de trabalho fixo pode ser tratado pelo telefone 018 991922387 com Railson.