Samar apresenta secador térmico de lodo em estação de tratamento de esgoto
Na terça-feira (15), o prefeito de Araçatuba, Dilador Borges, e equipe da AGRF-DAEA (Agência Reguladora e Fiscalizadora) visitaram as instalações do Secador Térmico de Lodo, implantado pela concessionária GS Inima Samar na Estação de Tratamento de esgoto ETE Baguaçu.
Araçatuba é a primeira cidade de todo o Brasil a ter uma planta desta modalidade e porte para o tratamento de esgoto e destinação de resíduos. A visita foi ciceroneada pelos representantes da GS Inima Samar, o presidente Paulo Roberto de Oliveira e o diretor técnico Eduardo Caldeira, contando com a presença dos comissários da AGRF-DAEA, Marcio Saito e Petrônio Lima, e dos secretários municipais Arnaldo Vieira Filho (Governo e Agroindustrial) e Lucas Proto (Meio Ambiente e Sustentabilidade).
A construção do secador térmico teve inicio em 2019 e ocupa uma área de 5.220 m², com investimento de R$ 15 milhões por parte da concessionária GS Inima Samar, responsável pelos serviços de tratamento e distribuição de água e esgoto ao município de Araçatuba.
O lodo, proveniente da estação de tratamento de esgoto, é separado da água em fases anteriores e chega ao secador por processos mecanizados, onde permanece por cerca de 20 dias e sofre desidratação, tendo redução de seu volume entre 90% e 95%.
“Todo o processo utiliza o calor da energia solar, em estufa de vidro comum, havendo maquinário apenas para revolver o material, que passa por sistema de grade e cai direto nas caçambas dos caminhões. O transporte para os aterros de classe II, em Piratininga e Catanduva, que era realizado diariamente, hoje ocorre apenas uma vez por semana, gerando grande economia, além da possibilidade de descarte no aterro municipal de Araçatuba”, observou o prefeito Dilador Borges.
O material residual ainda é destinado a estudo para uso em suplementação de adubo para fins agrícolas, em contrato com a Escola Superior Agrícola Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)
Fiscalização
A Agência Reguladora e Fiscalizadora AGRF-DAEA, de Araçatuba, realiza procedimentos de vistoria e controle dos processos do tratamento de resíduos desta instalação na ETE Baguaçu, que incluem os cuidados com os impactos ambientais.
Relativo ao odor exalado pelo secador, há controle da dosagem de produtos que fixam a amônia; processo de desodorização nos exaustores do secador (mitigação); monitoramento sensorial nas áreas próximas à ETE;
A AGRF-DAEA ainda responde pela edição da Resolução de implantação do Fator de Complementação (Fator K), para coibir o lançamento de efluentes desconformes por economias comerciais e industriais (não domésticos).
Melhorias Recentes
A AGRF-DAEA ainda relatou as melhorias na ETE Baguaçu realizadas no mandato do atual Conselho Administrativo, desde 2019, que incluíram manutenções e novas instalações.
Foram instaladas mesas desidratadoras que reduzem 20% da umidade do iodo; recuperação dos 4 tanques de aeração, com reforma de seus taludes; manutenção dos tanques de decantação; construção do deck de observação para visitantes; troca e automação dos aeradores, melhorando a eficiência energética; asfaltamento das vias eternas da ETE Baguaçu; Paisagismo da área do entorno do secador de lodo e construção do observação do secador.