Dia Mundial do Rim reforça importância do exame de creatinina para toda população
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Da Redação
Especialista do Hospital do Rim da Santa Casa de Araçatuba afirma que diagnóstico precoce de Doença Renal Crônica evita a necessidade de hemodiálise
Toda segunda quinta-feira do mês de março, as atenções se voltam para um dos principais órgãos do corpo humano: os rins. Neste ano, a Sociedade Brasileiro de Nefrologia (SBN)lançou uma campanha para o Dia Mundial do Rim (14/03)com foco no exame de creatinina para toda a população. Isso porque o procedimento é fundamental para o diagnóstico precoce da Doença Renal Crônica (DRC).
O exame de creatinina é um teste que avalia o funcionamento dos rins medindo a concentração de uma substância que é produzida pelo metabolismo muscular e eliminada pela urina. O nefrologista do Hospital do Rim da Santa Casa de Araçatuba, Guilherme Augusto Ugino, afirma que a campanha é fundamental, porque o exame é “uma forma simples, rápida e barata de diagnosticar a Doença Renal Crônica”.
“Por ser um exame barato e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a maioria dos pacientes que descobre a Doença Renal Crônica é por meio do exame de creatinina. Cerca de 95% dos pacientes, aproximadamente, descobrem por meio deste procedimento na Santa Casa de Araçatuba”, afirma o nefrologista.
Segundo Ugino, o diagnóstico precoce da doença é essencial porque evita a necessidade, na maioria das vezes, de recorrer àhemodiálise. “A indicação é fazer este exame pelo menos uma vez ao ano. Ele é indicado, principalmente, para os pacientes que têm fatores de risco para as doenças renais: hipertensos, diabéticos, pessoas com mais de 50 anos, pacientes obesos equem tem doença cardiovascular”, diz.
Hospital do Rim de Araçatuba é referência
Com média de 350 pacientes por mês, o Hospital do Rim, unidade do Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Araçatuba, é referência desta alta complexidade para 40 cidades da região. Em 2023, foram realizadas e 49.920 sessões de hemodiálise. Desse total, 97% foram para pacientes do SUS.
Com equipe multidisciplinar formada por cinco médicos nefrologistas e 67 profissionais de enfermagem e profissionais das áreas de fisioterapia, nutrição, psicologia e suporte de médicos especialistas em Angiologia e Cirurgia Vascular, o Hospital do Rim mantém estrutura de tratamento (hemodiálise e diálise peritonial) e ambulatório médico para as primeiras consultas de pacientes encaminhados que precisam de avaliação especializada e acompanhamento dos pacientes em tratamento. No ano passado, foram realizadas 2.023 consultas.
No total, são 64 máquinas de hemodiálise que funcionam em quatro turnos que começam às 5h e são encerrados às 21h. A diretoria do hospital tem buscado o aumento de máquinas para a unidade, que não tem conseguido atender toda as novas demandas.
De acordo com Ugino, 30 pessoas estão na fila para iniciar o tratamento de hemodiálise no Hospital do Rim. “Esse número reflete uma realidade em todo o país”, afirma. Dados do Ministério da Saúde reforçam a visão do nefrologista. Somente em 2023, o Brasil registrou 90 milhões de atendimentos ambulatoriais relacionados à insuficiência renal na rede pública.
“É importante que a população esteja atenta às doenças renais. Na maioria das vezes, é uma doença silenciosa, mas que tem fácil diagnóstico”, finaliza o nefrologista.