Coordenador de Apoio à Regionalização no SUS visita a Santa Casa de Araçatuba, seu primeiro emprego

Alvimar Botega em seu antigo local de trabalho, sala hoje ocupada pela TI (foto: divulgação)

Da Redação

Decorridos 33 anos de seu primeiro dia de trabalho como bioquímico do Laboratório de Análises Clinicas, Alvimar Botega ficou emocionado ao passar novamente pela porta de entrada do hospital

No dia 1 de agosto de 1990, Alvimar Botega, recém formado em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Estadual Maringá (UEM), entrava no prédio da Santa Casa de Araçatuba, em seu primeiro dia de trabalho. Havia sido admitido para criar o setor de microbiologia no recém instalado Laboratório de Análises Clinicas da instituição. Ontem (14/9) ele voltou e ficou emocionado ao cruzar a porta de entrada do hospital.

Emoção compreensível. O espaço de 33 anos e alguns dias que separa o primeiro dia de trabalho do bioquímico recém formado e a visita feita a convite do provedor do hospital, Petrônio Pereira Lima, foi preenchido por uma trajetória bem sucedida. Alvimar é um expressivo servidor público de carreira do Ministério da Saúde e se orgulha de suas raízes. Foi esse orgulho que o reconectou à Santa Casa de Araçatuba.

Atual Coordenador de Apoio à Regionalização no SUS, do Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa, órgão do Ministério da Saúde que atua em várias frentes, dentre as quais o planejamento em saúde e a gestão tripartite do SUS, Alvimar Botega foi um dos palestrantes no recém Congresso Brasileiro das Santas Casas, realizado em Brasília. Durante sua palestra citou a Santa Casa de Araçatuba como referência de sua primeira experiência em Saúde Pública.
“Naquele momento ficamos paralisados. Havia naquele recinto representantes da Saúde de todo o Brasil e de alguns países. Foi emocionante ouvir o nome da Santa Casa de Araçatuba pronunciado com tanto carinho por um alto funcionário do Ministério da Saúde”, explica Petrônio Lima.

Ao final da palestra, o provedor procurou o palestrante e conheceu os detalhes que explicavam o motivo da citação. Mais do que isso! Alvimar é um filho da região. Integrante das famílias Vidoto e Botega, núcleos tradicionais e pioneiros do município de Gabriel Monteiro, o palestrante vem ao menos duas vezes ao ano à região para visitar seus familiares. Foi convidado então, para visitar a Santa Casa de Araçatuba em uma dessas incursões, o que ocorreu ontem.

Recebido pelo provedor, pelo procurador jurídico Nelson Gratão e o administrador Luiz Otávio Barbosa Vianna, Alvimar visitou algumas alas do hospital, dentre os quais o Laboratório de Análises Clinicas, que hoje funciona em outra área, está modernizado e realiza em média 45 mil análises/mês.

“A Santa Casa mudou muito; hoje possui uma grande estrutura de atendimento que a torna referência para toda região, a definiu Botega ao confessar que “fiquei até emocionado ao entrar de novo no hospital e pela possibilidade de rever alguns amigos da época”.

Dos antigos colegas de trabalho, Alvimar conseguiu abraçar o bioquímico André Eduardo Terence, que continua trabalhando no Laboratório de Análises Clinicas e o ex-assessor de diretoria Jair Negri Garcia que estava em visita ao hospital. No entanto, em razão de horários, reencontros com Neusa Rodrigues Lopes, a Neusinha, José Carlos e Angelina Célia Mutti, e os médicos Aimar Garcia e Hélio Ferreira Poço, não aconteceram.

O provedor Petrônio Pereira Lima considerou a visita como motivo de orgulho para a instituição, base da trajetória de Alvimar e também beneficiada pelo comprometimento com que ele iniciou aquele que hoje é um dos serviços essenciais à média de 370 mil procedimentos médico-hospitalares realizados anualmente pela Santa Casa de Araçatuba, 91% dos quais a pacientes do SUS.

“Essa visita também é importante para que ele faça um paralelo entre o hospital que conheceu no início de sua trajetória profissional e o que é agora”, completou o provedor.

Trajetória
O bioquímico Alvimar Botega trabalhou por 11 meses no Laboratório de Análises Clinicas da Santa Casa de Araçatuba. Na época, a unidade estava sob a supervisão técnica de José Antônio Tanganelli.

Em meados de 91 ele foi para Cascavel, no Oeste do Estado do Paraná após receber uma proposta de trabalho. Atuou na região como bioquímico, farmacêutico e professor durante a década de 90. Em 2001 foi convidado para ser secretário de Saúde em Vera Cruz do Oeste. Em decorrência da atuação em gestão de Saúde Pública “aos poucos fui deixando para traz a bioquímica, a farmácia e as salas de aula e passei totalmente para a gestão do SUS”, relata.

No início de 2004, após aprovação em concurso público para o Ministério da Saúde mudou-se para Brasília onde atuou por vários anos no Departamento de Assistência Farmacêutica, exercendo o cargo de Coordenador geral da Farmácia Básica e do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica. Por meio de novo concurso federal, ingressou em 2013 na carreira de Analista Técnico de Políticas Sociais, e desde então vem trabalhando no Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa, da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. Desde 2021 exerce o cargo de Coordenador de Apoio à Regionalização no SUS.

Casado com Aline Mara Rocha, é pai de Anna Clara, estudante de Arquitetura na UnB/Brasília e de André, cursando ensino fundamental II. Alvimar mantém suas raízes em Gabriel Monteiro, onde seus pais, já falecidos, formaram um núcleo familiar querido e respeitado. Seus irmãos e vários parentes residem na cidade que ele faz questão de visitá-los com frequência. A secretária municipal de Saúde, Ariadna Alves Botega Vidoto faz parte da família de Alvimar.

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Alvimar Botega em seu antigo local de trabalho, sala hoje ocupada pela TI, e nas novas e modernas instalações do Laboratório de Análises, ao lado do provedor Petrônio Pereira Lima e o bioquímico André Terence que foi seu colega de Trabalho