23 de novembro de 2024


Artigo Reflexão: Materna Vida

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Por: Adi Éber Pereira Borges

Lembrando das tuas lágrimas, estou ansioso por verte, para que eu transborde de alegria pela recordação de tua fé sem f ingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti ”. 1 Timóteo 1.4-5

Crer na vida, valorizála e lutar por ela, é uma das mais poderosas afirmações de fé; fazer essa afirmação de fé é o maior presente que podemos dar para as mães de nossa vida. Partindo desses dois pressupostos compartilho algumas ideias com vocês.

Quando olhamos para as atitudes e os afazeres de uma verdadeira mãe, contemplamos a própria existência em sua plenitude. É como se pudéssemos tocar o próprio hálito da vida, e de fato, podemos, pois, ao abraçarmos nossas mães e sentir o seu calor, seu cheiro e sua respiração, estamos tocando a própria vida.

A vida acolhe na mesma proporção de uma mãe, ela não se importa com a aparência, todas as pessoas têm a sua beleza. Também não se importa com a capacidade de aprender; cada qual tem seu tempo, suas habilidades e talentos. Até porque, o que se deve perguntar é sobre o que se quer aprender. Ninguém saberá tudo.

Quando cremos na vida, percebemos que ela é atenciosa com todas as pessoas, assim, também é o olhar materno. Mesmo que sejam muitos aqueles e aquelas que requerem sua atenção, a verdadeira mãe se desdobra, muitas vezes esquece de si mesma e com um olhar santo percebe as especificidades de cada ser.

Na vida nem sempre dispomos de grandes recursos, aliás, parece que estes sempre são escassos, mas quem age com sabedoria, mesmo com pouco, sempre é capaz de repartir e partilhar. Se falta recursos financeiros e materiais para uma mãe, amor, fé e esperança sempre haverá em seu coração, e isso, ela parte e reparte no estender da mão e no abraço maternal. Ela não desiste, mas grita, pede socorro, vai à luta e volta com o que é necessário.

No coração de mãe sempre cabe mais um, mais uma; se necessário for, acolhe, cuida, ama mesmo que não seja seu, mesmo que não seja sua; instinto materno sempre falando mais alto. Encontramos nela o aprofundamento relacional seguro; nós, ela, porto seguro onde atracamos nosso coração. A vida é uma só, nós somos muitos e diversos, mas nos encontramos num lugar comum, no coração da materna vida.

Parafraseando uma música, diria eu: Quando Deus te desenhou Ele estava “ maternando ”, na beira do mar do amor. Na construção da humanidade, o amor materno é o reflexo exato do amor divino; a vida é ação divinohumana por meio de humanas mães com corações divinos. Corações que se enlaçam na terra confirmados no céu.

O cuidado integral de Deus se expressa no cuidado do mistério e da missão maternos. Obrigado mãe!

Rev. Adi Éber Pereira Borges †

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