24 de novembro de 2024


Polícia Civil esclarece 4 falsos roubos de celulares para golpe do seguro, em Araçatuba

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Foto: Ilustrativa

Da Redação/Richard Silva

Após um trabalho de investigação de pelo menos 30 dias, investigadores de Polícia da DIG/DEIC de Araçatuba, esclareceram 04 supostos roubos registrado por eventuais vítimas, no município.

Durante as investigações, os policiais perceberam que as “vítimas” de roubo de celulares, na verdade seriam autoras de estelionato, praticando fraude contra empresas de seguro, em relação a cobertura de aparelhos de telefonia celular.

Os boletins de ocorrência foram registrados e, os policiais puderam perceber que alguns roubos teriam sido simulações armadas por cidadãos no intuito de fraudar seguros. Eles simulavam terem sido vítimas de roubo em via pública para que pudessem acionar o seguro contratado com as lojas de departamento da cidade, que vendem aparelhos celulares.

As empresas cobram um pequeno valor adicional às parcelas do produto (celular) para que o bem se torne segurado, contudo, somente é coberto se houver uma situação de roubo, que é a subtração do objeto mediante violência ou grave ameaça, cuja pena pode chegar a 10 anos de reclusão se não for atrelada a circunstâncias mais grave.

De acordo com a Polícia Civil, quando o cidadão é furtado (quando não se percebe quem subtraiu o bem – não havendo violência ou grave ameaça), ou ainda, extravio (perda do objeto), o seguro não realiza a cobertura para pagamento do valor do celular. Assim, pessoas de má-fé, têm procurado o Plantão Policial para registrar “falso roubo” visando conseguir receber o valor do seguro anteriormente pactuado com a loja que vendeu o aparelho.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, recentemente, os investigadores perceberam que algumas dessas pessoas vinham vendendo os aparelhos de telefonia celular que possuíam seguro para terceiro ou em lojas autorizadas, realizando o registro da ocorrência como se tivessem sido roubados, e de posse deste documento (boletim de ocorrência) acionavam o seguro, fraudando a empresa que realiza a cobertura do prêmio.

Golpe

Em um dos golpes, um Iphone 13 foi dado como roubado, em um dos casos esclarecidos pela DIG, no valor aproximado de R$ 8.300,00, que posteriormente foi descoberto ser uma simulação por parte da suposta vítima, que fraudou uma seguradora ligada a empresa NUBANK. Segundo a polícia Civil, o tempo despendido pelos investigadores de polícia para elucidar essas fraudes poderia estar sendo utilizado para esclarecer eventos graves, tais como roubos verdadeiros que realmente acontecem na cidade.

Crime


A DIG (Delegacia de Investigações Gerais), deixa claro que não há crime perfeito, então, a pessoa que falsamente deseja realizar um registro de roubo de celular deve-se ponderar com maturidade sobre o assunto, pois estará cometendo o crime de estelionato previsto no art. 171, §2º do Código Penal, que pode chegar a 05 anos de reclusão, isso se não configurar delito mais grave.

Chegando para as equipes de investigação, ao invés de encontrar um ladrão de celular, os investigadores com certeza irão apontar um estelionatário ou um falso comunicador de crime, que será indiciado e responderá a processo perante a justiça.

Indiciados

Segundo a Polícia Civil, as quatro falsas vítimas foram indiciadas e, irão responder por crime de estelionato.

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