Santa Casa de Araçatuba inclui cicloergômetros em fisioterapias motoras de pacientes em UTIs
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Da Redação
O equipamento ajuda no ganho de força muscular periférica evitando atrofiamento dos membros e na melhora da função cardiorrespiratória de pacientes críticos
O cicloergômetro, equipamento que se assemelha a uma minibicleta, foi incluído nos tratamentos realizados pelo Serviço de Fisioterapia da Santa Casa de Araçatuba. Utilizado em unidades de terapia intensiva (UTI) de hospitais de todo país, o equipamento ajuda no ganho de força muscular periférica e na melhora da função cardiorrespiratória de pacientes críticos.
O hospital adquiriu cinco cicloergômetros que já estão sendo utilizados em fisioterapias motoras realizadas em pacientes internados nas três UTIs Geral Adultos e na Coronariana. O equipamento também é disponibilizado nas enfermarias em pacientes em longos períodos de internação.
De fabricação nacional, o cicloergômetro tem por objetivo melhorar a circulação sanguínea, o fortalecimento e a prevenção de complicações musculares. Proporciona benefícios aos pacientes submetidos à ventilação mecânica por tempo prolongado, aos vitimados por patologias neurológicas, musculoesqueléticas e respiratórias.
Nos casos de longa permanência sob ventilação mecânica “o uso da terapia com o equipamento possibilita a “independência funcional dos pacientes, em especial naqueles com dificuldades no desmame de ventilação”, explica a fisioterapeuta Amanda Munari, responsável técnica pelo Serviço de Fisioterapia da Santa Casa de Araçatuba.
A melhora da força muscular e da estabilização fisiológica e a redução de alterações hemodinâmicas dos pacientes são outros benefícios apontados por Munari que se baseia em estudos realizados em unidades hospitalares que utilizam cicloergômetros há mais tempo.
De acordo com um trabalho publicado na Revista Brasileira de Terapia Intensiva a mobilização precoce é definida como cinesioterapia motora, na qual o cicloergômetros está incluído, iniciada precocemente em pacientes internados nas UTIs, é capaz de melhorar a força muscular, diminuir o tempo de suporte de ventilação mecânica, reduzir a permanência na UTI e o tempo de internação hospitalar e aumentar a capacidade cardiorrespiratória a longo prazo.
O trabalho de reabilitação motora inclui também a utilização de thera band, faixas elásticas para uso em atividades de fisioterapia voltadas ao fortalecimento muscular e respiratório de pacientes internados em UTIs. O hospital adquiriu 3 kits de thera band para que as técnicas aplicadas pelo Serviço de Fisioterapia sejam completas.
Estudo
O impacto dos novo equipamentos nos tratamentos dos pacientes será incluído nos estudos que a Santa Casa de Araçatuba vai realizar em cooperação técnica com o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região (Crefito-3).
O hospital, foi o primeiro a ser escolhido para assinar o termo de cooperação que visa apoio do Crefito 3 em estudos, análises e elaboração de protocolos de atendimento da fisioterapia em âmbito hospitalar.
De acordo com o presidente do Conselho, dr. Raphael Ferris, o objetivo do termo de cooperação é garantir maior eficácia de atendimentos com condutas baseadas em evidências e atualizadas.