Pai que matou os dois filhos em Rio Preto vai a júri popular
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Pela terceira vez, a juíza Gláucia Véspoli Oliveira, da 5ª Vara Criminal, tentará realizar o júri popular do zootecnista Hugo Imaizumi, acusado de matar os dois filhos, de 3 e 4 anos, em setembro de 2016, para se vingar da mulher. O julgamento foi remarcado para esta sexta-feira, 8, às 10h30, no Fórum central de Rio Preto.
O júri já foi adiado duas vezes, em dezembro do ano passado e em março deste ano, mediante apresentação de atestado médico do advogado André Luíz Marcondes de Araújo, que representa o réu.
Desta vez, para evitar novo adiamento, a magistrada destituiu o advogado e nomeou a Defensoria Pública para atuar no processo. O acusado, inclusive, já foi transferido da Penitenciária de Tremembé para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.
Gláucia ainda oficiou a Polícia Civil para instauração de inquérito que apure falsificação de documento, após identificar divergências entre as assinaturas dos dois atestados apresentados por Araújo, emitidos supostamente por uma mesma médica.
Para evitar a investigação, o advogado apresentou um laudo grafotécnico particular que comprovaria que a assinatura dos atestados são idênticas. Araújo ainda pediu que a juíza reconsidere a decisão de destituí-lo do processo e garantiu que estará em Rio Preto nesta quinta-feira, 8.
Mesmo que compareça ao procedimento, o advogado Yan Lívio do Nascimento, nomeado pela Defensoria Pública, também irá se apresentar.
Imaizumi foi denunciado pelo crime de duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas).
Feito pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o inquérito concluiu que o homem matou os filhos para se vingar da esposa, que planejava se separar. A família morava no bairro Ouro Verde. Após cometer o homicídio, ele tentou se matar, mas foi socorrido e sobreviveu.
O promotor Evandro Ornelas Leal atuará na acusação, tendo como assistente o advogado Diego Carretero, nomeado pela mãe das crianças assassinadas. Ela não pretende participar do julgamento.
Fonte:(Diário Da Região)
