22 de novembro de 2024


Laudo aponta que bebê não sofreu abuso sexual

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Foto: Arquivo

Por Ivan Ambrósio/Jornal Interior

Menina morreu no último dia 14 de fevereiro; mãe e padrasto estão presos temporariamente

Laudo da Polícia Científica de São Paulo apontou que a bebê Mirela, de um ano e três meses e que morreu no último dia 14 de fevereiro em Penápolis (SP) não sofreu abuso sexual. O documento foi enviado a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que investiga o caso.

No dia do crime, a médica que atendeu a menina no pronto-socorro local notou que a vítima apresentava rigidez cadavérica e lesões por todo o corpo, sendo algumas mais recentes e outras antigas, bem como um “alargamento na região anal”.

Em decorrência da afirmação da profissional, foi decidido colher materiais biológicos para um procedimento mais detalhado. Na época, a delegada Thaísa da Silva Borges, titular da DDM e responsável pelas investigações, disse que não havia sangramento ou qualquer outro elemento que, de fato, indicasse o abuso.

CASAL

A mãe de 21 anos e o padrasto, de 26, continuam detidos. Segundo apurado pelo jornal INTERIOR, a expectativa é que a delegada peça a conversão da prisão temporária – que havia sido prorrogada – em preventiva, diante dos elementos já colhidos.

Ela ouviu vizinhos, médicos, Corpo de Bombeiros, entre outras pessoas durante o curso das investigações. Outro laudo recebido apontou que a causa da morte da menina seria em resultado de agressões físicas. A menina – conforme um dos documentos – teve hemorragia interna, trauma abdominal e dilaceração no fígado.

A delegada aguarda ainda outros dois laudos, um do IC (Instituto de Criminalística) local e da sede na capital paulista para saber se a criança, em algum momento, teria sofrido alguma queda na residência onde morava e que poderia ter sido um dos motivos das lesões encontradas pelo corpo. O casal deverá ser indiciado por homicídio qualificado, feminicídio e violência doméstica.

CRIME

A vítima deu entrada no PS sem vida. De acordo com o boletim de ocorrência, a criança chegou ao local com rigidez cadavérica, diversas marcas roxas e dilaceração do ânus. Ainda conforme o registro, a mãe e o padrasto da criança foram questionados sobre o ocorrido.

Ambos alegaram que colocaram a criança para dormir em 13 de fevereiro e perceberam que a menina estava morta somente na manhã do dia seguinte. A médica responsável por receber a menina, que foi levada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros ao pronto-socorro, acionou a Polícia Militar após notar os sinais e suspeitar da versão apresentada pela mãe.

A profissional relatou que a criança estava morta havia, pelo menos, seis horas quando foi levada à unidade urgência e emergência. O policial que atendeu a ocorrência conversou com o Conselho Tutelar e descobriu que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima.

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