Polícia do Paraguai prende suspeito de participação na morte de ex-morador de Araçatuba
Bilhete assinado por “Justiceiros” e deixado ao lado do corpo de brasileiro. (Foto: reprodução)
Foi preso nesta quinta-feira (7), na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, um dos suspeitos de ligação na execução do ex-morador de Araçatuba (SP) Rogério Laurete Buosi, 26, ocorrido no dia 25 de setembro em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (a 323 km de Campo Grande).
Segundo a Polícia Nacional, Henrique Arce López, 18, tinha alugado a casa onde Rogério foi morto com vários tiros de pistola 9 milímetros. Ao lado do corpo, foi deixado bilhete com a frase “não roubar na fronteira”, assinado pelos supostos “Justiceiros”.
Policiais paraguaios informaram que Henrique tinha alugado a casa a pedido de Julio César Ocampos Monges. A família afirma que ele desapareceu no mesmo dia da morte do brasileiro e teme que também tenha sido executado.
Entretanto, a polícia pediu a prisão de Julio por suspeita de ligação na morte de Rogério. O carro dele, um Toyota, foi visto deixando a casa onde o brasileiro foi morto minutos após os tiros e depois encontrado abandonado em frente a um condomínio.
Julio Ocampos mora em uma das quitinetes. E em outro imóvel do mesmo condomínio, os policiais encontraram o passaporte do brasileiro Carlos Limar de Souza Lima, também executado na semana passada.
Supostamente ligado à facção PCC (Primeiro Comando da Capital), Carlos foi torturado e decapitado e teve o corpo deixado enrolado em um edredom em frente ao quartel do Exército paraguaio em Pedro Juan Caballero. A polícia paraguaia ainda não revelou qual a ligação entre essas duas mortes.
A suspeita é de que Rogério Buosi tenha sido morto pelos “Justiceiros” e Carlos Limar pelo “Crime”, outro grupo de extermínio da linha internacional, rival dos “Justiceiros da Fronteira”.
“Inocente” – Familiares de Rogério Buosi rebateram a suspeita de que ele tenha sido morto por suposta ligação com o crime. “Eu era melhor amiga do meu irmão e ele me contava tudo, seja coisas certas como erradas. Ele não participava de roubos e furtos como estão dizendo. Meu irmão morreu e está sendo taxado como ladrão”, afirmou a irmã de Rogério, a promotora de vendas Ana Lara Batista Leal, 21.
Segundo ela, Rogério decidiu morar na fronteira depois de terminar um relacionamento. “Uns amigos dele moravam lá e ele foi com a promessa de trabalhar na empresa de uns conhecidos”, disse Ana Lara.
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ARAÇATUBA
Rogério morava no Paraguai, mas passou boa parte da infância e adolescência em Araçatuba (SP). Alguns parentes da vítima ainda moram na cidade.
Com informações do Portal Campo Grande News