Santa Casa de Araçatuba coloca usina de energia solar em funcionamento e vai reduzir conta de energia elétrica em R$ 100 mil/mês
Em pleno período pontuado por aumentos nas tarifas de energia elétrica e de alertas para economia no consumo, a Santa Casa de Araçatuba já está consumindo 40% menos e a conta mensal ficará em torno de R$ 100 mil mais barata.
A redução significativa é decorrente da usina solar fotovoltaica que entrou em operação no dia 16. A fonte de energia alternativa foi implantada através de um projeto de R$ 2,5 milhões financiado pela CPFL Paulista.
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A Santa Casa de Araçatuba é uma das 15 instituições de saúde contempladas pelo Programa CPFL nos Hospitais, uma iniciativa que faz parte do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), para ajudar as instituições públicas e filantrópicas a reduzirem suas contas de energia.
Foram implantados 1.900 painéis de captação de energia solar que cobrem 3.800 metros quadrados de telhados do complexo hospitalar e estão gerando energia em quantidade suficiente para abastecer até 40% da instituição.
“É uma fonte de energia muito grande é uma mini estação de geração de energia”, define Manoel Protetti Júnior, engenheiro eletricista da Santa Casa de Araçatuba.
Com 353 leitos e aproximadamente 700 mil atendimentos/ano, a Santa Casa de Araçatuba é referência em 13 especialidades de alta complexidade para 40 municípios da região de Araçatuba.
A dinâmica do funcionamento do complexo hospitalar reflete também no consumo e na conta de energia elétrica. O consumo mensal oscila entre 265 mil à 300 mil kilowatts/hora e gera contas entre R$ 280 a mil a R$ 300 mil/mês.
Com a entrada da energia solar na rede de abastecimento, o hospital vai economizar entre 35% a 40% de energia elétrica e em média R$ 100 mil por mês. Em um ano, a economia produzida representará R$ 1,2 milhão.
“Uma economia significativa que dará um novo folego para investirmos em medicamentos, equipamentos e o que for necessário para ampliar ainda mais a qualidade dos atendimentos prestados aos pacientes do SUS”, comemora Claudionor Aguiar Teixeira, provedor da Santa Casa de Araçatuba.
Sistema
A usina de energia solar começou a ser implantada em março do ano passado. Devido à complexidade das várias unidades que integram o complexo hospitalar, a CPFL precisou instalar uma rede de energia em média tensão exclusiva para atender a Santa Casa.
Pelo sistema, a energia fotovoltaica é descarregada em dois transformadores e distribuída para vários setores da instituição dentre os quais, as UTIs, o Centro Cirúrgico, o Hospital do Rim, a Central de Radioterapia e unidades de administrativas e de apoio. A energia gerada e não consumida pelos setores beneficiados poderá ser repassada para os demais três transformadores do sistema de energização do hospital.
A usina funciona de acordo com a irradiação do sol. O engenheiro eletricista explica que “pela manhã a produção é menor, ao meio dia atinge o pico, e depois volta a cair gradativamente”.
Gargalos
A energia solar está sendo utilizada em 40% de setores do complexo hospitalar, que além da fonte alternativa seguem dotadas de rede de energia elétrica. Os 60% restantes da instituição seguem abastecidos exclusivamente por energia elétrica da CPFL.
O novo sistema vai aliviar a conta de energia elétrica do principal gargalo do consumo no complexo hospitalar: os condicionadores de ar. O hospital possui 400 aparelhos para refrigeração de ar com quantidades de BTUs diversas. Os maiores, são os sistemas de 4 toneladas de refrigeração implantados na UTI Neonatal e na Central de Radioterapia.
“A conta de energia do hospital no período agosto/maio dobra em relação aos meses de junho e julho que são meses de temperaturas mais baixas”, afirma o engenheiro eletricista ao explicar o impacto dos condicionadores de ar no consumo de energia da Santa Casa de Araçatuba.
O pico de consumo de energia no hospital ocorre entre 12h e 17h, período e todas os setores estão em pleno funcionamento e no calor praticamente todos condicionadores de ar permanecem ligados.
Nos setores de assistência intensiva como, as UTIs e os de procedimentos regulares e emergenciais, a exemplo do Centro Cirúrgico e Pronto-Socorro, o consumo é 24 horas. Durante o dia, essas unidades serão abastecidos pela energia solar. “Após os períodos de irradiação solar, esses setores seguem abastecidos pela energia elétrica da concessionária”, explica Protetti Júnior.
Parceria
A usina de energia solar não foi o único investimento que a CPFL Energia efetuou para a Santa Casa de Araçatuba reduzir o consumo e as despesas com energia elétrica. No ano passado, a empresa substituiu 6 mil lâmpadas diversas por lâmpadas de LED que melhoram a iluminação do complexo hospitalar e reduziram o consumo de energia entre de 5% a 6%.
“Com esses investimentos, a CPFL ajudou a diretoria da Santa Casa de Araçatuba resolver mais uma questão que consumia um grande volume de recursos. Seremos sempre gratos por esse apoio porque cada problema que conseguimos resolver representa mais qualidade nos atendimentos prestados”, afirma a tesoureira Maria Ionice Zucon.
Também no ano passado, a CPFL foi uma das parceiras na reforma da Usina de Oxigênio que passou a produzir 150 metros cúbicos/hora. A modernização da unidade que foi decisiva para atender a demanda no pico da pandemia do coronavírus custou em torno de R$ 5 milhões e foi executado por uma parceria formada pela CPFL, Santa Casa de Araçatuba e Prefeitura de Araçatuba.