Conselho de escola mantém decisão de apagar arte que presta homenagem a Marielle
Mural com rosto de Marielle Franco feito na Escola Estadual Vitor Antônio Trindade de Araçatuba — Foto: Valdir Pietro/TV TEM
O conselho da Escola Estadual Vítor Antônio Trindade, em Araçatuba (SP), manteve a decisão de retirar do muro a arte que homenageia a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL).
Uma nova reunião foi realizada na quarta-feira (25) e o grupo formado por 18 pessoas decidiu que o mural deve realmente ser pintado com uma nova arte. Segundo a Secretaria da Educação de São Paulo, foram 15 votos a favor da “ressignificação” e três votos pela cobertura total da imagem.
Ainda de acordo com a pasta, a próxima imagem que vai ilustrar o muro da escola será escolhida em cinco dias pelo conselho formado por pais, professores, alunos e funcionários.
A Secretaria da Educação informou também que dá autonomia para que as unidades escolares realizem este tipo de atividade artística nos muros das escolas.
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Repercussão
A pintura gerou polêmica entre internautas e moradores e, após repercussão negativa, o conselho escolar decidiu apagá-la. Contudo, a decisão também gerou críticas na internet e uma nova reunião foi marcada para avaliar o caso.
Segundo o G1 apurou, o mural foi feito na segunda semana de agosto, com autorização do conselho escolar composto por pais, professores e alunos. Além da imagem da vereadora, foi colocada a frase: “Quiseram nos enterrar, não sabiam que éramos sementes. Marielle Presente”.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Araçatuba publicou um texto nas redes sociais, demonstrando perplexidade diante dos ataques a história, a luta e ao legado de Marielle Franco.
“O PSOL Araçatuba não participou da construção do mural e tomamos ciência da homenagem através das nossas redes sociais, após várias manifestações de apoio da sociedade por conta da ação desenvolvida pela comunidade escolar. Nosso repúdio se faz necessário após diversos ataques vindos de grupos reacionários que insistem em atacar a imagem de Marielle e associam a homenagem há uma suposta politização da escola, defendendo inclusive a censura, através da remoção por meio de uma nova pintura no muro”, argumentou o partido, ao qual Marielle era filiada.
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