PMs denunciados por execução de dois jovens na capital têm prisão decretada
Momento que os PMs atiram contra as vítimas que estavam dentro do carro
Da Redação
Após denúncia apresentada nesta terça-feira (13/7) por promotores de Justiça do III Tribunal do Júri da Capital, três policiais militares denunciados por homicídio qualificado praticado contra dois jovens tiveram a prisão preventiva decretada. André Chaves da Silva, Danilton Silveira da Silva e Jorge Baptista Silva Filho são acusados pelas mortes de Felipe Barbosa da Silva e Vinícius Alves Procópio, ocorridas no dia 9 de junho em Santo Amaro.
De acordo com o relatado pelos membros do MPSP Fabio Tosta Horner e Thomás Mohyico Yabiku, no dia dos fatos os denunciados foram acionados para atender ocorrência de roubo e iniciaram perseguição ao veículo ocupado pelas vítimas. Em seguida, o veículo em que estavam Felipe e Vinícius colidiu com outro carro, momento em que os policiais André e Danilton se aproximaram e efetuaram vários tiros contra os homens, que estavam sentados dentro do automóvel, sem condições de apresentar resistência. Já Jorge “aderiu à vontade de seus colegas de farda, concorrendo para a prática delitiva, mediante apoio moral e material, permanecendo na cena do crime, pronto para agir caso ocorresse alguma interveniência, garantindo que o resultado morte das vítimas ocorresse, como de fato ocorreu”.
Para a Promotoria, os PMS agiram desconsiderando a condição de pessoas, ou seja, em total afronta aos direitos e garantias fundamentais previstos no artigo 5º, da Constituição Federal. Na visão dos promotores, os denunciados quiseram decidir sobre a vida ou morte de seres humanos, de modo absolutamente impiedoso, violando o direito a um devido processo legal e impondo às vítimas, de forma ilegal, imoral e arbitrária, sanção proibida no ordenamento jurídico constitucional.