UniSALESIANO marca presença em evento online internacional sobre ciência e tecnologia
O BCI & Neurotechnology Spring School 2021 foi promovido de forma online, pela Gtec
O UniSALESIANO de Araçatuba marcou presença na BCI & Neurotechnology Spring School 2021, evento online promovido recentemente pela Gtec, empresa austríaca que fabrica interface cérebro-máquina, considerada uma das melhores do mundo no desenvolvimento de produtos nas áreas médica/pesquisa.
Os professores Edval Rodrigues Viveiros e Amadeu Zanon, dos Cursos de Engenharias; o orientador de estágio e docente do Curso de Fisioterapia, Fernando Henrique Alves Benedito; e os acadêmicos do Curso de Engenharia Mecânica, Emanuel Soares da Silva (4º termo) e Flávio Medina Favarin (10º termo), participaram de algumas palestras e ficaram surpresos com o conteúdo transmitido. Todos receberam certificados.
Para Edval Rodrigues Viveiros, são inúmeros os motivos de comemoração pela participação dos profissionais e alunos do UniSALESIANO neste evento. Primeiro, segundo ele, porque o principal CEO da Gtec, Christoph Guger, é um dos cientistas mais renomados na área, com diversas publicações importantes. Em segundo, a empresa reúne, em torno de si, os melhores pesquisadores/cientistas do mundo, nesta área.
Em terceiro lugar, a empresa realiza este evento, todo ano, para apresentar os avanços tecnológicos obtidos com a utilização dos equipamentos que eles desenvolvem e por fim, em quarto lugar, sempre neste evento, eles realizam uma competição na área, para incentivar as pesquisas, com premiação.
“Resumindo: isto foi, para nós, uma excelente oportunidade para que tenhamos acesso ao que os cientistas e uma empresa neste nível desenvolvem. Para termos ideia, o médico/cientista Miguel Nicolelis também utiliza em seu laboratório equipamentos desta empresa, a ‘gtech medical engineering’. Além, obviamente, de outros renomados cientistas pelo mundo”, explicou.
Já o docente Amadeu Zanon disse ter ficado boquiaberto com as novidades do setor e o que é possível fazer dentro da neurociência ligada à computação, o sensoriamento, a análise dos sinais cerebrais, as possibilidades de aplicação, entre outros. “Eu fiquei bastante admirado, muito bacana participar, ver e conhecer o nível desses profissionais. Conhecemos, pela palestra, uma artista plástica que desenvolve roupas através de impressão 3D ligadas a elementos cerebrais para que a roupa tenha uma ação de acordo com o emocional e o pensamento da pessoa que as utiliza”, explicou.
O conhecimento adquirido pelos professores agregará ao UniSALESIANO de maneira positiva, de acordo com Zanon, pois adquiriram outra visão para o desenvolvimento de projetos, novas possibilidades de aplicação de conteúdo, por meio das metodologias ativas. “Interessante para os nossos alunos terem noção de como está a tecnologia na Europa, abrir a mente deles”, ressaltou o docente, ao citar a importância da multidisciplinaridade que existe dentro da criação dos projetos e trabalhos desenvolvidos pela empresa.
“As áreas da Medicina, Biologia, Computação, Matemática, Arte, Eletrônica e Design, se integram e esse encontro do conhecimento humano é fantástico para o desenvolvimento de projetos com o cérebro.”
O docente Fernando Henrique, afirmou ter tido uma oportunidade singular pois, por conta da pandemia, o Spring School 2021, de altíssima qualidade técnico-científica, foi realizado de forma online e gratuita.
“Foi especial porque nos permitiu ter contato com pesquisadores de alto nível e impacto no cenário internacional. A minha participação permitiu abranger o conhecimento em uma área muito nova e, praticamente, inacessível no Brasil. Além disso, para obter habilidades em ferramentas que um dia, quem sabe, possamos utilizar em nossas pesquisas no laboratório de robótica assistive”, completou.
ANIMADO
O acadêmico Flávio Medina, que participa de um projeto de criação de uma exoesqueleto para membros superiores, dentro do UniSALESIANO, disse que ficou animado com o que foi apresentado no evento. “Ter uma BCI (Brain Computer Interface) – interface cérebro computador, significa a possibilidade do registro de atividades neurais do paciente durante o processo terapêutico de reabilitação, além do paciente conseguir controlar os movimentos do exoesqueleto apenas com o pensamento”, afirmou.
Por fim, o aluno Emanuel Soares, salientou que o evento foi, particularmente, muito interessante por passar conhecimentos atuais de uma esfera inimaginável no atual cenário do Brasil. Segundo ele, dentre diversas palestras e apresentações, foram tratados temas como a “Reabilitação Motora”, utilizando BCI.
“Muito interessante por demonstrar uma aplicação e esperança de um futuro com menos complicações e mais dignidade para pessoas que sofreram algum acidente e perderam alguma função motora. Um grande exemplo foi a palestra sobre estímulo, usando uma interface cérebro-espinha para estímulo muito profundo”, concluiu.