22 de setembro de 2024


Adolfo Goes, uma vida dedicada á arbitragem; do litoral Paulista, para Araçatuba

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Por Carlos Alberto Tilim

Quando veio apitar os Jogos Abertos de 1998 em Araçatuba, o santista Adolfo Goes, 63 anos, nem poderia imaginar que iria permanecer por aqui e trocar as praias santistas por uma outra cidade considerada por muitos como uma das mais quentes do interior paulista.

Entre os árbitros que  estavam com Adolfo nos Jogos naquela ocasião, tinham nomes que mais tarde fariam sucesso na arbitragem, como Paulo César de Oliveira, Oscar Roberto Godóy e Wilson Seneme. 



Adolfo, Sílvia Regina, Wilson Seneme e Vicente Romanos




Adolfo, Paulo César de Oliveira e Marcos Zulu




Final Jogos Abertos do Interior em Araçatuba, 1998

“Fui muito bem nos Jogos, fiz amizades por aqui e decidi voltar de mudança para Araçatuba e trocar os campeonatos amadores da baixada pelos torneios de Araçatuba”, lembra o santista.

“Como já apitava jogos por lá, me infiltrei na arbitragem por aqui e agradeço aos árbitros João Luis dos Santos, Émerson Silva, Valmir Cunha e Celso Corrêa que foram os que mais me ajudaram a engrenar com o povo e hoje posso dizer que já me sinto de Araçatuba”, diz. 

Adolfo apitou por várias associações da cidade como a ARA – Associação Regional de Arbitros, Lifmar e Anarbi. E segue arbitrando até hoje, já que apesar da idade mantém a forma física fazendo exercícios. 



COMANDA 55 ÁRBITROS

Depois de arbitrar vários jogos, Adolfo resolveu montar sua própria associação e hoje comanda 55 árbitros. Eles trabalham em amistosos e competições organizadas pela sua própria liga, a  – Liga Independente de Futebol Amador de Araçatuba. Existem os campeonatos que duram o ano inteiro com acessos e descenso, nas Ligas A, B e C. “As competições deste ano foram paralisadas por causa da pandemia, mas tenho fé em Deus que no ano que vem tudo será normal”, revela Adolfo. 

JOGOS

Entre os jogos que apitou em sua carreira, o que mais chamou a atenção foi a final da Copa Zico, em São Januário em 1996, quando o Guarani venceu por 3 a 1. “Naquele jogo, o ex presidente Eurico Miranda veio pra cima de mim no final, mas nem  liguei pois fui amparado pela segurança”, lembra.

AGRESSÃO

Adolfo comemora o fato de nunca ter sido agredido durante uma partida. “Já passei por apuros, mas um jogo que me lembro foi pela Copa Zico no estádio do Barueri, entre Corintians x Portuguesa, teve uma briga generalizada onde expulsei seis de cada lado”, revela. “A partida foi suspensa, a gente fica chateado com a situação, mas apliquei a regra e saí com a consciência tranquila de ter feito a minha parte”, afirma Adolfo Goes que gosta quando apita uma decisão que vai para pênaltis. “A decisão nas cobranças de pênaltis é sinal de um trabalho realizado”, diz. 

CARREIRA

Adolfo era goleiro e jogou bola até os 21 anos. Foi campeão amador nas cidades de Santos e São Vicente e atuou nos times santistas de Barreiros, Juventude da Nova, e Brasil da Areia Branca. Em São Vicente jogou pelo México 70 e Recanto da Vila.

Começou apitar na várzea de Santos para provar que no futebol amador você pode e deve ter respeito. Foi presidente da Associação de Árbitros de Santos. Fez parte da Safesp (Sindicato de Futebol que tinha como presidente o consagrado José de Assis Aragão.

Adolfo Goes é funcionário público em Araçatuba e, nas horas de lazer, além da arbitragem, adora uma boa pescaria.

Adolfo exibe com orgulho diplomas, brasões e flâmulas, que conquistou durante sua trajetória de árbitro:









Adolfo recebendo o prêmio de Mérito Esportivo Estadual, homenagem concedida nos Jogos Regionais de 2019, em Andradina

























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