Inusitado: Cachorro vai ao bar todos os dias ás 19:30 para ganhar salsicha do proprietário

Sumaré – Região de Campinas

Carlos Alberto Tilim /MTB – 472.406

Enviado especial do

Araçatuba em Foco

Todos os dias da semana, o cachorro Bobi sai de sua casa para ir até o Bar do Panini, na Rua América do Sul, 633, no Jardim Brasilia, em Aracatuba, fazer sua refeição do jantar. Ele chega mansinho, por volta das 19h30, se dirige atrás do balcão e fica esperando o dono do Bar,  Valdecir Panini, cortar a salsicha que conserva ao molho em picadinhos. “Isso já se repete por mais de dois anos, já me acostumei com ele, que quando atrasa a gente sente falta. 

Cachorro Bobi se aproximando do bar

Ele sempre estava aqui por perto aí dava alguma coisa pra ele comer e chamava prá caminhar comigo e com minha esposa”, relata Panini. “E ele é muito educado pois quando a passagem pelo balcão está ocupada por algum cliente, ele fica parado abanando o rabo até o freguês dar permissão”, fala Panini. 

“E também quando estou ocupado atendendo clientes, ele fica quietinho esperando a sua vez. Acho que ele gosta mesmo é de fazer um happy hour aqui”, completa o dono do bar. 

Valdecir Panini cortando a salsicha para servir Bobi

CLIENTES

E os clientes já estão acostumados com Bobi. “Ė muito interessante porque ele vem todos os dias quase no mesmo horário e acho que isso é  obra de Deus”, diz o construtor Celso Nascimento Rosa, 54 anos.

Para o comerciante Renato Gomes Faria, 60 anos, frequentador assíduo do bar, “é muito agradável ver ele todos os dias comendo a salsicha e de vez em quando até patrocino algumas pois acho muito legal”‘, comentou Renato.

Renato e Celso, clientes do bar do Panini

RADIALISTA

Para o radialista José Roberto Panini, da Pérola FM, isso só pode ser obras de Deus. “Eu acho que o animal é igual a gente”, acredita.

“Deus criou o céu,  a terra e os animais e tudo certinho por que até o dom dele vir na hora exata acho que são coisas de Deus e dificilmente se explica”, comentou José Roberto.

Radialista José Roberto Panini

Já o corretor de imóveis Edilson Lopes de Barros, 44 anos, discorda de José Roberto. “Primeiro é o instinto da sobrevivência de ter que se alimentar, e depois acho que ele foi educado pelo dono para procurar comida e pelo dono do bar, por isso ele sabe que se ir lá todos os dias sempre será bem tratado'”, diz Edilson.

“Acho que é a mesma coisa da gente colocar o relógio para despertar num certo horário todos os dias, um tempo depois você se acostuma e não vai mais precisar do relógio”, completa o corretor.

Edilson Lopes, cliente do bar do Panini 

DONO

Para o dono de Bobi, o analista de veículos, Diego Matheus, 44 anos, 

as atitudes de seu cachorrinho só pode mesmo ser obras do Criador. 

” Ele é um cachorrinho muito amoroso e muito educado realmente”, diz Diego. “E quando é por volta das 7h, ele fica latindo e indo até o portão querendo sair”, revela. 

“Ficava curioso realmente porque não sabia onde ele queria ir então agora sei que é no bar”, comentou. “E logo ele já volta, acho que vai lá comer a salsicha e ver os amigos”, comemorou Diego Matheus. 

Bobi após fazer sua refeição, voltando para casa 

ARLINDO ARAUJO

Para o vereador e veterinário Arlindo Araújo, “animal não tem raciocínio, mas tem o instinto da sobrevivência”, diz Arlindo. “Ele precisa se alimentar e sabe que indo lá o dono do Bar vai dar a salsicha pra ele”, continua. “E quem não gosta de uma boa comida?, indagou. 

PSICOLOGIA

Para o professor de psicologia e teologia, Luiz Clóvis Ferreira, que reside e ministra aulas em Sumaré, região de Campinas, existem os dois lados da moeda. “Claro que primeiro vem as obras de Deus, que criou a natureza e os animais”, diz Luiz Clóvis. 

“E, em segundo, vem o instinto do cachorro de que precisa comer para sobreviver e que ele também foi educado e induzido pelo dono do Bar a fazer isso”, completa o educador que residia em Araçatuba e hoje mora em Sumaré.