Artigo Reflexão: “Chamou-nos para uma salvação íntegra”
Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges
O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará”. 1 Tessalonicenses 5.23-24
Talvez, uma das perguntas mais difíceis de serem respondidas, seja aquela que tem a ver com a gente mesmo, ou seja, aquela que tenta responder sobre a nossa identidade. Quem sou eu? Quem somos nós? A princípio, para muitos, parece ser uma pergunta óbvia e a resposta então será sempre muito simplista.
Mas não se trata apenas de saber o nome, genealogia, gostos e o que faz, mas a pergunta é muito mais profunda e a resposta é complexa, longa e cheia de espaços para debates infinitos. Também, talvez seja uma das perguntas primárias e a força motriz da filosofia e sociologia.
Uma pergunta que leva em consideração a nossa integridade, e por isso a dificuldade de respondê-la; não nos conhecemos profunda e integralmente nem a nós mesmos. Outro fator que dificulta a resolução da questão é a religiosidade ou a falta dela. Como não é uma questão unânime, sempre estará sujeita a
interpretações que influenciam diretamente na composição humana.
Teologicamente, entende-se que o ser humano desobedeceu as orientações divinas, distanciou-se do seu Criador, perdeu o seu habitat natural e originário e passou a fazer grandes maldades ao mundo e ao seu semelhante, entristecendo assim o Deus da paz.
Integridade: estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição; plenitude, inteireza.
Segundo a teologia amparada pelo Texto Sagrado esse Deus, querendo, sobretudo, resgatar a comunhão com a humanidade, arquitetou um plano de salvação e o colocou em prática a partir de Jesus o seu Filho Unigênito que veio ao mundo encarnando a humanidade para nos dar exemplo de vida, orientações para a
vida e entregar a Sua própria vida em nosso resgate oferecendonos a reconciliação.
Nessa reconciliação também nos é oferecido um caminho de santificação onde a cada dia o próprio Deus vai nos moldando para a perfeição cristã. E é aqui que reside uma questão fantástica; como o ser humano não é dicotômico e nem tricotômico, mas sim uma unidade, não podendo viver sem nenhuma de suas partes, Deus nos santificará por inteiros, sim, na nossa integralidade.
Por isso, pregamos e vivemos o evangelho integral, aquele que anuncia e chama à salvação não só da alma, mas do ser inteiro, à salvação da vida. Por amor, o Cristo de Deus veio ao mundo para iluminar a vida. Isso é Natal!
Deus fez a parte dele, agora é nossa responsabilidade nos colocarmos diante Dele de forma inteira também; não esconda parte de sua vida a Ele. Deixe-se iluminar, de forma íntegra, pela Luz de Cristo!