23 de novembro de 2024


Artigo Reflexão: “Aprender perdoar é preciso”

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Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges

“…Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus? Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porem Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida”. Gênesis 50.19-20

Uma das melhores e mais famosas universidades do mundo é Harvard, em Cambridge, estado de Massachusetts, nos Estados Unidos. Muita gente passou por lá buscando conhecimentos e aprendizados; diplomas foram alcançados, grandes profissionais foram formados, cabeças pensantes passaram a contribuir com o mundo a partir desse centro de ensino. Nesse mesmo conceito, poderíamos citar muitas outras universidades, institutos e escolas de formação.

Mas, uma pergunta que surge ao fazer essa pesquisa e reconhecimento: Harvard University e tantos outros centros de formação ensinam o cultivo do perdão? Seus alunos e alunas se formam levando consigo o senso do bom relacionamento através da busca da paz, do perdão e da reconciliação? Nos parece interessante pensar se na vida e no desenrolar das diversas relações que a compõem, bastam conhecimento técnico, talentos, vocações e boas indicações. 

Ainda que não seja o foco principal dessas instituições, as questões humanitárias deveriam sempre fazer parte das pautas a serem ensinadas. 

Cremos que a história de José e seus irmãos, narrada pelas Escrituras veterotestamentária seja de conhecimento da grande maioria das pessoas; dela é possível inferir que José participou da melhor escola e nela aprendeu a “arte de perdoar”; a escola da vida e o seu Mentor, o próprio Deus, lhes ensinaram que o melhor a se fazer é perdoar sempre e dar a chance de um novo recomeço, a chance de uma nova convivência. 

Não temos aqui a pretensão de discorrer argumentos teológicos sobre o perdão, e nem teríamos espaço suficiente nessa breve reflexão. No entanto, é preciso salientar e ter clareza que nesse pequeno texto em epígrafe, temos três pontos de partida para uma proveitosa discussão e aprendizado.

Uma vez que José não se coloca no lugar de Deus, ele está a dizer aos seus irmãos que quem faz ou fará os julgamentos e condenações é Deus, ou seja, ele não está ali para condenar os seus irmãos. Segundo, indica que perdoar não significa fechar os olhos para os erros cometidos, mas aprender com eles. Por último, o bem que o perdão traz é a conservação da própria vida. 

Onde aprendemos isso? Dispomos do melhor material didático; a Bíblia nos ensina com exemplos, conceitos e princípios norteadores para isso, e temos um dos melhores espaços de aprendizado; a Escola Dominical é o espaço por excelência na vida da comunidade de fé onde podemos, comunitariamente, buscar orientações para o bem viver. Nela trocamos experiências e conhecimento; nela aprendemos a perdoar e viver em paz. 

Rev. Adi Éber Pereira Borges†

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