Santas Casas e hospitais filantrópicos são únicos equipamentos de saúde para moradores de quase 1000 municípios do país

Por Assessoria de imprensa

Santa casa de Araçatuba

Sábado (15/8) foi comemorado Dia Nacional das Santas Casas, instituições  responsáveis por 5 milhões de internações/ano . Em quase 1.000 municípios brasileiros, Santas Casas e os hospitais filantrópicos são os únicos equipamentos de atendimento de saúde das populações que precisam de tratamento gratuito.  Porém, a quantidade de hospitais no país é quase o dobro em relação a esse universo.  A CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas) por exemplo, reúne 1.804 hospitais sem fins lucrativos do país, que totalizam 189 mil leitos, 69% dos quais destinados ao SUS.  Esses hospitais realizam em torno de 5 milhões de internações/ano, que representam 43% da média nacional.

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A Santa Casa de Araçatuba é um bom exemplo dessa importância. Nos primeiros seis meses deste ano, o hospital que é referência para 40 cidades da região de Araçatuba que juntas compõem população estimada em 800 mil pessoas, realizou 277.527 procedimentos médico-hospitalares, cujos percentuais de alcance a pacientes do Sistema Único de Saúde variou de 57% à 98%.

 A primeira Santa Casa foi fundada em Santos, em 1543, no tempo dos jesuítas. E, desde então, as instituições também foram as responsáveis pela criação de alguns dos primeiros cursos de Medicina e Enfermagem, como foi o caso das fundadas na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. 

Seguindo esta linha, a Santa Casa de Araçatuba está há poucos passos de atingir o status de Hospital de Ensino pela utilização de sua estrutura e excelência médica também para a formação da nova geração de médicos e outros profissionais de Saúde, como por exemplo, estágios nas áreas de fisioterapia, enfermagem, e técnico de enfermagem, dentre outros.

Com  47 médicos residentes em oito cursos de especialização;  122   acadêmicos do curso de Medicina do Unifai de Adamantina realizando o Internato Médico, e  200 acadêmicos do curso de Medicina do UniSalesiano em acompanhamento,  o hospital completou os cursos necessários para ser reconhecido como unidade de ensino, condição  que  garantirá à Santa Casa de Araçatuba a oportunidade de realizar pesquisas, procedimentos  com acréscimos financeiros de até 20% em relação aos valores atuais por procedimentos de média e alta complexidades em pacientes do SUS.  

A exemplo do único hospital geral de alta complexidade do SUS na região de Araçatuba, a contribuição das Santas Casas vai além da assistência à saúde e formação de mão de obra especializada. As instituições filantrópicas geram mais de 1 milhão de empregos, o que permite prever que mais de 4 milhões de pessoas se sustentam dos empregos gerados por elas.  A Santa Casa de Araçatuba, por exemplo, gera em torno de 1.500 empregos diretos e centenas de indiretos.

Ainda no que diz respeito ao setor econômico, as Santas Casas e hospitais filantrópicos prestam serviços a um custo, em média, oito vezes menor o que custam os hospitais públicos federais.

Setor filantrópico na pandemia

O setor filantrópico tem sido um grande apoio no enfrentamento à Covid-19, com a oferta de leitos e com o trabalho dedicado dos seus profissionais. “Desde o início da pandemia, a rede filantrópica de todo o país se mobilizou para auxiliar o Ministério da Saúde no enfrentamento à doença”, ressalta o presidente da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas), Mirocles Véras.

A maioria com recursos próprios no primeiro ciclo da pandemia, como foi o caso da Santa Casa de Araçatuba.  Do primeiro caso suspeito de covid-19 registrado em 12 de março aos quase 500 atendimentos registrados até o dia 30 de junho, o hospital demonstrou sua vocação de hospital capacitado para atender e tratar casos de alta complexidade.    Atendeu durante aproximadamente 30 dias com recursos próprios: leitos, medicações, equipamentos de proteção individual, equipes médicas, de enfermagem, e multidisciplinares.  Com ajuda governamental e da comunidade que se faz presente desde meados de abril, o hospital atingiu em meados do mês de julho 95 vagas, sendo 70 leitos em enfermarias de Isolamento e 25 leitos de UTI exclusiva.