19 de maio de 2024


Treinamento do Hospital de Base no UniSALESIANO visa aumentar doações de órgãos

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Foto: divulgação

O conteúdo teórico e prático foi abordado pelo Coordenador da Central de Transplantes de Santa Catarina, Joel de Andrade

Mais de 50 profissionais de saúde de sete hospitais da região de Araçatuba participaram do treinamento oferecido pelo Hospital de Base, no UniSALESIANO, intitulado “Comunicação em Situações Críticas e de Determinação em Morte Encefálica (CDME)”.

O evento, que foi realizado nos dias 4 e 5 de maio, teve por objetivo aumentar o número de famílias que consentem a doação de órgãos de seus entes falecidos.

A abertura da capacitação foi feita pelo Coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO), do Hospital de Base de Rio Preto, Dr. João Fernando Picollo de Oliveira. Segundo ele, a capacitação desses profissionais impacta positivamente no número de doações de órgãos. “O curso proporciona aos participantes habilidades técnicas, éticas e jurídicas necessárias para conduzir o diagnóstico de morte encefálica, além de abordar questões como a comunicação de más notícias e o processo de solicitação de doação de órgãos”, comentou.

O conteúdo teórico e prático foi abordado pelo Coordenador da Central de Transplantes de Santa Catarina, Joel de Andrade, que ressaltou os desafios enfrentados nesse processo e a importância de educar os profissionais de saúde sobre como lidar com situações delicadas como essa.

“Esse treinamento teve por objetivo central o desenvolvimento da comunicação, e da comunicação empática. Nele, foi possível ensinar os profissionais de saúde, duas questões: como entender a família, como entender o que a família está dizendo com cada palavra, com cada gesto e depois como se fazer entender pela família”, explicou.

No Brasil, segundo Andrade, que é médico intensivista, existe muita confusão com essa questão, já que muitas famílias são entrevistadas enquanto acreditam que o seu familiar ainda está vivo e isso, obviamente, resulta em não autorização. “O maior desafio é realizar os programas de educação, ou seja, é desenvolver essas atividades, tirar o profissional um dia da sua rotina de trabalho para discutir um tema que é tão delicado, sensível, importante, mas que precisa ser discutido”, disse Dr. Joel.

Atualmente, a taxa de autorização das famílias para doação de órgãos é de 55% no Brasil, enquanto na região de Rio Preto esse número chega a 75%, demonstrando os impactos positivos das iniciativas de capacitação e conscientização. O Brasil, reconhecido mundialmente pela excelência em doação e transplantes de órgãos, realiza a maioria desses procedimentos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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