19 de maio de 2024


Artigo Reflexão: Nossa casa é sua casa

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Por Rev. Adi Éber Pereira Borges

“É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre”. Salmo 133.3

Era uma vez o tempo em que, principalmente, nas cidades interioranas de pequeno e médio porte as casas ficavam abertas e convidativas para visitas. Como todas as pessoas se conheciam (talvez um pouco de exagero), sentiam-se à vontade e com liberdade para adentrarem na casa e chegavam até a cozinha onde estavam a comadre e o compadre, e ali partilhavam de um “dedo de prosa” e de um pouco de café. Talvez, respeitando as devidas privacidades, poderiam dizer que a casa de um era a casa do outro.

Hoje, até nas pequeninas cidades e vilarejos as casas têm se tornado verdadeiras fortalezas com muros altos, portões fechados com grandes cadeados, câmeras e alarmes de monitoramento, cercas elétricas, etc. As visitas devem ser agendadas; quando se chega, primeiro aperta-se o porteiro eletrônico, se identifica e aí a entrada é autorizada. Há uma esperança de que o cafezinho seja servido. A casa continua sendo partilhada? 

É importante ter clareza de que não queremos dizer com isso, que se deve voltar às coisas como eram antigamente, alimentando um sentimento saudosista. Estamos apenas fazendo uma leitura da realidade. 

O tempo mudou, a vida mudou, e agora até as casas de oração ou templos religiosos tiveram que se adaptar. Não ficam mais o tempo todo abertos; são vigiados por câmeras e alarmes, alguns até segurança armada possuem. O medo e a sensação de insegurança imperam! Esse é o lado físico, humano e mundano.

Existe ainda o lado espiritual, divino e celestial que traz o equilíbrio das relações da casa. Nesse sentido, não há trancas, portas e entradas bloqueadas ou dificultadas que nos impeçam de estar na presença de Deus. Se observarmos bem, a Casa de Oração transcende nossa compreensão. E, ainda que as portas físicas estejam fechadas, você descobrirá meios para abri-las. 

O Salmo em epígrafe começa dizendo sobre a comunhão, o estar juntos em harmonia e união, e termina afirmando que nessa comunhão, estando juntos nos montes de Sião Deus dá a Sua bênção para toda a vida. Podemos inferir dessa afirmação que os montes de Sião representam hoje o lugar onde o povo de Deus se reúne, ou seja, a Casa de Oração. Quando as pessoas se reúnem em coletividade para adorar e prestar culto a Deus, recebem Dele a força, a inspiração, o ânimo e tudo que é necessário para a vida.

Recebemos de Deus, nosso monte de Sião há 19 anos, e desde lá temos recebido Dele muita bênção e graça e gostamos de partilhá-las com você, por isso, temos satisfação e alegria de dizer que a nossa casa é sua casa. 

Aqui você será sempre muito bem-vindo, muito bem-vinda! 

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