Pecuarista que atropelou e matou ciclista se apresenta à Polícia

Foto: Diego Alves

Da Redação/Richard Silva

Um pecuarista de 40 anos, investigado por atropelar e matar um repositor que retornava do trabalho em uma bicicleta na noite do dia 29 de outubro em Birigui (SP), se apresentou na delegacia da Polícia Civil e, prestou depoimento nesta sexta-feira (04), sobre a sua versão do acidente, que causou a morte do ciclista Rodrigo Pereira da Silva de 43 anos.

O acidente aconteceu no bairro São Conrado, na rua Felipe Elias Bucharles, na alça de acesso para a avenida Antonio da Silva Nunes. O acidente aconteceu por volta das 20h30 e, acabou tirando a vida do repositor Rodrigo Pereira da Silva de 43 anos, que havia acabado de sair de um supermercado, onde trabalhava. Segundo informações da equipe que socorreu a vítima e o condutor do veículo, o pecuarista aparentava sinais de embriaguez.

Segundo o que foi apurado pela reportagem, o pecuarista de 40 anos se apresentou nesta sexta-feira (04), na delegacia para dar sua versão. Segundo ele a caminhonete envolvida no acidente é de sua mãe. Disse ainda que, no dia dos fatos ele estaria a trabalho e por este motivo estava na condução do veículo. Em depoimento disse ao delegado que estava em Araçatuba (SP), na casa dos seus pais, desde às 12h30, e permaneceu até às 19h30, para uma reunião familiar, que acontece frequentemente junto à família.

Negou

Segundo o pecuarista, na noite do acidente não teria ingerido bebida alcoólica, bem como negou ter realizado o uso de entorpecentes em nenhum momento, durante todo o dia, pois segundo ele, voltaria dirigindo o carro com a esposa e filhas. O pecuarista disse que voltou pela rodovia Marechal Rondon, depois pegou a SP-461 para entrar na Avenida Antônio da Silva Nunes.

Segundo ele, na curva do acidente, a pista estava molhada, e neste momento, ele se deparou com uma pessoa conduzindo uma bicicleta na contramão, no meio da via. Disse ainda que no local não possui iluminação suficiente que permitiria identificar qualquer veículo antecipadamente que viesse em sua direção, principalmente por ser uma curva muito fechada.

Colisão

O pecuarista disse ainda em depoimento, que tentou desviar o veículo que ele conduzia para a direita, para evitar uma colisão frontal, porém o veículo derrapou e a colisão se deu lateralmente com a bicicleta e, em seguida colidiu com a árvore. Segundo ele, acredita que estava trafegando a uma velocidade de 50 km por hora, naquela curva. Não se recordando qual a velocidade que estava antes da curva onde ocorreu o acidente.

Resgate

Após o acidente ele teria saido do veículo, e viu uma pessoa desacordada. Naquele momento chegou uma motocicleta e, ele teria pedido para que esta pessoa fizesse contato com o resgate, o que foi feito. Segundo ele, teve apenas escoriações, e ficou no local para aguardar a chegada do socorro, fazendo contato com a esposa para avisá-la.

Ainda de acordo com o pecuarista, muitas pessoas chegavam no local, perguntando se ele estava bem e, que em momento algum, foi agredido ou ameaçado. Quando o resgate chegou no local, prestaram socorro primeiramente ao rapaz da bicicleta e depois a ele.

Ele foi levado pela ambulância para o Pronto Socorro de Birigui, onde a esposa o acompanhou até lá. Já no Pronto Socorro passou pela triagem, e segundo ele, havia um único médico no local, que atendia somente as emergências. Como demorava muito, decidiu, avisando um homem da recepção, iria embora.

A princípio ele iria até o Hospital da Unimed de Araçatuba, sendo levado pelo sogro. Porém segundo ele, não chegou a entrar na Unimed de Araçatuba pois, no meio do caminho, seu pai ligou para ele e disse que acionaria os médicos da família com os quais somente foi realizado um atendimento via aplicativo Whatsapp.

Abalado

O pecuarista disse ainda que ficou sabendo da morte do ciclista no outro dia pela imprensa. E que não fez contato com a família da vítima sendo este o primeiro contato com a ocorrência. Disse que ficou muito abalado com tudo, inclusive minutos depois do acidente, ele ficou sentado na sarjeta, chorando, pois nunca havia passado por uma situação destas, ainda mais tendo uma pessoa caída no chão após um acidente. E finalizou dizendo estar totalmente à disposição da Justiça para esclarecer qualquer situação.