Estudante procura a polícia por não poder assistir aula sem máscara em faculdade de Araçatuba
Foto: cedida pelo estudante
Da Redação/Richard Silva
O estudante de direito Maxsuel Fernando Costa de Oliveira, 31 anos, registrou na noite de ontem (17), um boletim de ocorrência na Polícia Civil, relatando ter sido obrigado por uma professora da FAC/FEA (Fundação Educacional de Araçatuba), a sair da sala de aula por não estar usando a máscara de proteção facial.
O fato aconteceu no mesmo dia em que o governador do Estado, João Doria (PSDB), desobrigou o uso do equipamento em locais fechados.
O estudante relatou no boletim de ocorrência, que estava na sala de aula no momento em que a professora solicitou que ele colocasse a máscara facial e, caso não fizesse ela sairia da sala de aula.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o aluno procurou a direção da escola, entretanto a diretora também exigiu que ele colocasse o equipamento de proteção facial.
O estudante contou a reportagem que sofre de sopro no coração e falta de ar. Enquanto era obrigatório o uso de máscara ele fazia o uso, mas no momento em que deixou de ser exigido, não iria mais usar, já que estava respaldado pelo decreto vigente.
FEA
Em nota, a faculdade se posicionou sobre o ocorrido:
Considerando o fato reportado referente ao uso de máscara em sala de aula, a direção pedagógica da FEA buscou ouvir o professor envolvido e os alunos presentes naquela oportunidade. É preciso ter em mente que o decreto editado pelo governo do estado de São Paulo, cuja vigência se iniciou no dia 17/3, dia em que ocorreu o episódio. Embora flexibilizado pelo decreto o uso da máscara em sala de aula, a FEA na oportunidade ainda não havia editado qualquer orientação interna destinada aos alunos e professores nesse sentido. Entendemos que diante da dinâmica cronológica legislativa é natural que a implantação de novas normas possam dar causa a equívocos e conflitos, todavia entendemos também que a razoabilidade e o bom senso devem sempre prevalecer na condução de situações decorrentes da Pandemia de forma que, diante das informações até o momento apuradas internamente, a Fundação irá aguardar os eventuais desdobramentos jurídicos para, oportunamente, responder perante as instâncias pertinentes.