24 de novembro de 2024


SAÚDE: Administrador da Santa Casa de Araçatuba é afastado do cargo; hospital passa por crise interna

0



O administrador da Santa Casa de Misericórdia de Araçatuba, o advogado Mauro Inácio da Silva, foi afastado do cargo após denúncia de conduta abusiva com funcionários da entidade. Discordando da decisão do administrador, o provedor da entidade, Claudionor Aguiar Teixeira, teria renunciado de seu posto.

 CLIQUE AQUI E CONFIRA VAGAS DE EMPREGO PARA ARAÇATUBA E REGIÃO

A crise que abateu a administração do hospital teria sido motivada por uma carta denúncia entregue de forma anônima à administração da Santa Casa. Na carta foram relatadas diversas negligencias envolvendo pacientes internados na ala Covid e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Covid.

No relato foram apontados desde desentendimentos entre profissionais que atendiam os doentes até condutas incompatíveis com o estado de saúde deles.

A mudança administrativa promovida na Santa Casa de Araçatuba foi confirmada nesta sexta-feira (27) por meio de nota enviada no final da tarde para os órgãos de imprensa da cidade.

Na nota assinada pelo presidente interino do Conselho de Administração da Santa Casa de Araçatuba, Clemente Cavasana, são esclarecidas as mudanças promovidas na direção do hospital e também informa a nomeação de Juliano Tonon como novo provedor.

OPERAÇÃO RAIO-X: Justiça de Penápolis condena médico a 104 anos de prisão

 Araçatuba não apresenta óbitos por covid-19 nesta sexta-feira (27)

Mulher é presa por maus-tratos em Birigui; um dos cachorros mortos servia de alimento para outros animais

“Após receber reiteradas queixas de colaboradores em relação à postura abusiva do ex-administrador da Santa Casa de Araçatuba, o Conselho de Administração, durante reunião com o provedor Claudionor Aguiar Teixeira, expôs a situação e considerou que diante da incompatibilidade do relacionamento profissional, o administrador deveria ser afastado.   

No entanto, o provedor não concordou com o afastamento do administrador, e num rompante totalmente estranho à sua postura, disse que renunciava ao cargo, sublinhando: “eu renuncio ao direito e vocês (Conselho) que toquem isso sozinhos”, e foi embora”, traz a nota.

Conforme o presidente interino do Conselho, por reconhecer tal postura como incompatível à índole do ex-provedor e pelo calor da emoção observada no momento, foram feitas tentativas sem sucesso para que ele declinasse de sua decisão e, diante da vacância do cargo, foi então nomeado o conselheiro Juliano Tonon como novo provedor.

Após a nomeação, Claudionor, por não aceitar o ato, tentou retornar ao cargo. Mas não obteve sucesso porque sua saída já havia sido registrada em ata e o Conselho Administrativo chancelado a decisão.

A nota do Conselho Administrativo da Santa Casa foi finalizada garantindo que nenhum serviço do hospital será afetado pela atual crise administrativa.

 

“Na expectativa de solucionar as questões o mais breve possível, tranquilizamos a população das 40 cidades para as quais a Santa Casa de Araçatuba é referência em atendimento de alta complexidade. Os fluxos de atendimentos e serviços em todo o complexo hospitalar não sofreram e não sofrerão interrupção de continuidade. Estamos trabalhando para ampliar ainda mais a qualidade desses serviços”, finaliza a nota assinada por Cavasana.

 

INVESTIGAÇÃO
Embora o Conselho Administrativo da Santa Casa de Araçatuba aponte como já solucionadas todas as denúncias constantes na carta que deflagrou o desconforto administrativo dentro do hospital, os relatos envolvendo nomes de profissionais do alto escalão serão encaminhados para o Conselho Regional de Medicina.

Em entrevista ao radialista Marco Serelepe, na rádio Nova Brasil FM, na manhã desta sexta-feira (27), o diretor técnico da Santa Casa de Araçatuba, Giulio Cocina, esclareceu que todo o conteúdo da carta denúncia já foi apurado por meio de sindicância interna e o caso encaminhado ao Conselho de Ética Médica do Hospital, que é um braço do CRM.

Segundo o médico, durante o processo de apuração foram avaliados prontuários médicos, ouvidos profissionais que teriam participado dos atendimentos e a conclusão foi de que não há indícios de veracidade na denúncia.

Fonte 018 News

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *