Artigo Reflexão: “Chamou-nos a anunciar com fé”
Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges
“…voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas; apareceu João Batista no deserto, pregando…” Marcos 1.3-4a
Naquele final de ano, como de costume, a empresa marcou a festa de confraternização dos funcionários e suas famílias. Todos os funcionários receberam os vales das guloseimas e bebidas que seriam servidos naquela festa; até que era razoavelmente, dado o alto número de pessoas, bem organizada. Barraquinhas foram montadas com certa distância umas das outras para que não houvesse muitas aglomerações. Havia brinquedos para as crianças, e como fora feito no clube da empresa que ficava aos fundos dela, havia também o campo de futebol, as quadras poliesportivas, a piscina e ainda os quiosques para quem quisesse se aventurar no churrasco; digo, se aventurar, porque os corajosos teriam que dividir a carne com muita gente.
Dois pontos altos aconteciam naquela festa; o primeiro era o momento do sorteio dos brindes e presentes oferecidos pela empresa, quem ganhava celebrava com grande alegria e se tornava alvo dos comentários nos dias seguintes; o segundo era o momento do discurso e anúncios do presidente da empresa. O que ele diria dessa vez? Qual seria o teor dos anúncios?
Todos aguardavam com grandes expectativas a fala e o anúncio que o líder maior da empresa iria fazer. Era esperado o anúncio de expansão, contratações, melhorias, participações nos lucros, e o tão sonhado aumento salarial. Para a decepção de todos, a fala foi extremamente pessimista, acusatória e de transferência de responsabilidades. A festa terminou em clima funesto e de desânimo. O líder maior não soube ser líder; ao invés de cuidar, descuidou. Ele precisava aprender com João Batista.
João Batista tinha uma mensagem de fé e para a fé; uma mensagem que trazia o bem para a vida, um anúncio de transformação da realidade, anúncio de salvação. Aliás, tanto João, o Batista quanto Marcos, o evangelista que registrou o anúncio do precursor do Messias, tinham essa mensagem de otimismo, de levantar a vida, de mostrar dias melhores, anúncio de esperança e que chamava as pessoas para exercitar a fé por meio do arrependimento e o reconhecimento da Luz que ilumina a humanidade e a aceitação do Salvador do mundo.
Em nosso tempo e em nossa geração também somos chamados e chamadas para anunciar as mesmas coisas. Somos, agora, precursores da volta Daquele que há de redimir os povos.
Ainda há esperança! Precisamos anunciar a fé com fé, tendo a plena certeza do cumprimento da promessa feita a nós.
Clamamos no asfalto quente, no meio das cidades permeada por prédios e construções a nossa salvação e anunciamos ao povo a mensagem de ânimo, de esperança, de transformação de vida e de paz.