GS Inima SAMAR testa balsa que vai garantir o abastecimento mesmo durante a estiagem
Plataforma flutuante no Rio Tietê é capaz de bombear 800 mil litros de água por hora
A balsa da GS Inima SAMAR para captação de água do Rio Tietê já está preparada caso o nível do rio reduza durante este período de estiagem. Nesta terça-feira (31/08) o diretor-presidente da concessionária de água e esgoto de Araçatuba, Paulo Roberto de Oliveira, o diretor técnico Eduardo Caldeira, o prefeito Dilador Borges e os comissários da AGRF (Agência Reguladora e Fiscalizadora DAEA) Marcio Saito e Petrônio Lima estiveram na captação para colocar a balsa em funcionamento.
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A estrutura pesa seis toneladas, tem seis metros quadrados, e capacidade para bombear 800 mil litros de água por hora. Esse volume é bombeado para a ETA Tietê, a 15 kms de distância, já na cidade de Araçatuba, onde a água é tratada e distribuída para mais de 50 bairros.
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Hoje, o nível do Tietê está 1,63 metros mais baixo em comparação com o mesmo período (final de agosto) do ano passado. Com esse nível, a água ainda chega até as canaletas de entrada da captação e não precisa de bombeamento. Mas caso baixe mais 1,59 metros, o rio atingirá o nível crítico que é quando a água não chega mais até a canaleta, sendo necessário o bombeamento através da estrutura flutuante que pode ser empurrada para dentro do rio, conforme a necessidade.
“Queremos preservar o abastecimento de água para toda a população de Araçatuba. Temos vivido, de tempos em tempos, crises hídricas com pouca chuva, demanda a mais de energia e consumo maior de água nas hidrelétricas. Isso nos deixa preocupados, mas estamos preparados e estruturados para garantir o abastecimento da população”, afirma o diretor-presidente da GS Inima SAMAR, Paulo Roberto de Oliveira. A captação do Rio Tietê abastece 40% da população de Araçatuba.
O nível do rio é controlado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico e a captação em Araçatuba faz parte da Represa da Hidrelétrica de Três Irmãos (Pereira Barreto).
“É muito bom saber que a GS Inima SAMAR está preocupada com o bem-estar da população, porque temos visto várias regiões com falta de água, inclusive em São José do Rio Preto. Vir aqui e ver que a empresa está preparada para qualquer eventualidade nos traz tranquilidade”, afirma o prefeito Dilador Borges.
O prefeito reforça que, embora a cidade esteja pronta para evitar um racionamento, o uso consciente da água deve continuar. “Não abriremos mão do uso racional da água. Além da água tratada ser cara, precisamos utilizá-la com responsabilidade para que esse recurso hídrico esteja sempre disponível”, completa.
O comissário-geral da AGRF, Marcio Saito, lembra a experiência de 2014 em que a plataforma de captação foi utilizada pela primeira vez. “Tudo indica que esse evento anterior vai se repetir. Temos acompanhado o nível do rio e ele realmente tem baixado. É essencial que esse movimento (de teste da captação) seja feito agora, antes que haja a necessidade de utilização efetiva da balsa”, afirma.
Chuva
Embora tenha chovido no último fim de semana, o pluviômetro da GS Inima SAMAR registrou apenas 1,4 milímetros, enquanto medições em outros pontos da cidade chegaram a registrar 4 milímetros. Esses números, no entanto, são poucos significativos, pois não chovia na região há dois meses. A última chuva registrada foi em 10 de junho, com 24 mm.
Por causa da estiagem, a concessionária monitora diariamente o nível do Ribeirão Baguaçu (que abastece 50% da cidade) e do Tietê (que abastece 40%).
A produção de água continua estável, com uma média mensal de 2 milhões de m³. O consumo por habitante é de 220 litros por dia, o dobro do recomendado pela OMS, que é de 110 litros/dia.
Campanha pelo uso racional da água
Além de medidas técnicas para evitar o racionamento de água – como o combate às perdas e setorização da distribuição de água – a GS Inima SAMAR também iniciou em julho uma ampla campanha sobre o uso racional da água.
Estão sendo feitos anúncios em rádios, jornais, sites de notícias e redes sociais alertando para a necessidade do consumo consciente. O objetivo é evitar o racionamento de água. No ano passado, houve 10 dias de racionamento em outubro, mas ele foi restrito aos bairros abastecidos pelo Ribeirão Baguaçu e mesmo assim não houve falta de água em nenhum momento. O racionamento restringiu-se à diminuição do volume captado e distribuição em determinado período do dia, sem afetar o abastecimento.